Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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                          “Devo. Não nego. Pago quando puder” (Ditado popular).

 

Ontem, após o encerramento do mercado, a Oi divulgou um fato relevante comunicando que ajuizou na Comarca do Rio de Janeiro e com base na Lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.101/2005), um pedido de Recuperação Judicial.

 

Tal fato, bastante sério, deveu-se ao elevado endividamento da empresa e ao fracasso nas tentativas de acordo com os credores financeiros visando uma reestruturação amigável da dívida.

 

Este pedido foi distribuído para a Sétima Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que após análise deverá ainda esta semana nomear um Administrador Judicial, que atuará junto à direção da Oi para formular um Plano de Recuperação em até 6 meses. Durante este prazo a empresa ganhará um fôlego financeiro, pois não precisará pagar as dívidas de curto prazo com os bancos. Ela estará juridicamente “acobertada”.

 

Ao final deste prazo, o Plano de Recuperação Judicial preparado pela direção da companhia e pelo administrador judicial, devidamente acompanhado pelo Juiz da Sétima Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, será levado a uma assembleia de bancos credores, os quais analisarão as condições para o pagamento das dívidas.

 

Caso concordem, tudo bem e a vida segue. Caso contrário, será decretada a falência da empresa.

 

 

Avaliação

 

Em nossa brevíssima avaliação, esta já era, há algum tempo, a única forma da empresa sair do verdadeiro nó a que foi levada por gestões equivocadas. Sócios que nunca entenderam do negócio e também por fundos de investimento internacionais desconhecedores da realidade da empresa e do país.

 

Como as reestruturações societárias e da dívida, que vinham sendo trabalhadas como prioridade total, terminaram não dando certo (e uma coisa está umbilicalmente ligada a outra), só restou uma alternativa: a RJ. É assim que passará a ser chamada a Recuperação Judicial daqui pra frente.

 

Sem ela, o altíssimo endividamento da empresa já demonstrava que no curto prazo qualquer um dos bancos ou detentores de títulos que não recebessem uma parcela de seus créditos bloquearia as contas da empresa ou mesmo pediria a sua falência. O que seria, aí sim, o pior dos mundos!

 

Com a RJ a empresa estará preservada ao longo deste ano. Os trabalhadores e seus salários/benefícios idem.

 

As prestadoras de serviço, como a Serede e a Rede Conecta estão à parte desta RJ e não farão parte dela, portanto para elas e seus trabalhadores nada muda!

 

Na verdade, no curto prazo, nada muda em nosso dia a dia!

 

Agora a Oi terá fôlego, financeiro (sem dúvida muito importante), mas também será vital para a vida da empresa buscar uma real solução para sua estrutura de capital.

 

Só assim, poderá haver um futuro de verdade para a Oi.

 

Já foi solicitada pela Comissão Nacional da Federação uma reunião o mais rápido possível com o novo presidente, Marco Schroeder, para tratar deste e de outros temas. 

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