Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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No encontro da UNI Global sobre organização no teleatendimento na América, sindicalistas de diversos países tiveram a oportunidade de trocar experiências sobre a realidade do trabalho dos teleoperadores. O evento ocorreu nos dias 19 e 20 de julho, em São Paulo.

 

A Coordenadora da Comissão Nacional do Teleatendimento da Fenattel, Iara Martins, abordou a complexidade de negociar a equalização de salários e benefícios nacionalmente, pois o Brasil possui vasto território, diversos estados, realidades econômicas, políticas e culturais diversas.

 

“Levou quase três anos para que as empresas adotassem uma negociação nacional, mas, desta forma, os salários e benefícios acabam sendo discutidos a partir do que foi estabelecido na Convenção Nacional, independente da região”, afirmou Iara.

 

Uma das críticas feitas na ocasião pela Coordenadora foi a respeito das Inatingíveis e rígidas metas estabelecidas pelos patrões, que aceleram o ritmo do trabalho e tratam os teleoperadores como “máquinas”.

 

Os sindicalistas que estiveram presentes na reunião tomaram conhecimento do abaixo-assinado em favor do PLC 12/2016, que visa regulamentar a profissão de teleoperador, e os esforços realizados pela Federação no sentido de aprová-lo. Foi solicitado o apoio da UNI para que a regulamentação ganhe visibilidade internacional e faça pressão sobre o Senado brasileiro.

 

 

Dados sobre o setor

 

O Coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre, explicou o trabalho do Diesse junto aos diversos sindicatos brasileiros e apresentou dados sobre o perfil do teleoperador no Brasil. Segundo ele, mais de 60% dos teleoperadores são jovens entre 18 e 29 anos, com maioria mulher, e entram na área como forma de obter o primeiro emprego.

 

De acordo com os dados, mais de 60% das demissões a pedido do trabalhador são feitas em menos de 6 meses. Isso demonstra que o ambiente de trabalho com metas e pressões, assédio moral, baixa remuneração e benefícios e ausência de plano de carreira contribuem para que muitos deixem seus empregos e passem a repudiar esta função.

 

 

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