Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
Notícias

A partir do primeiro dia de 2017, o valor do salário mínimo ficou em R$ 937,00. O reajuste feito foi de 6,48% sobre os R$ 880,00 em vigor durante 2016 e ficou menor que a inflação medida pelo governo no ano passado, que foi de 6,58%.

 

Caso o índice tivesse sido aplicado integralmente, o valor teria ficado em R$ 938,00. Uma vez que o PIB em 2015 não registrou crescimento, seguindo a regra em vigor, não foi aplicado este ganho adicional.

 

Com a revisão atual, fixando o valor em R$ 937,00 e considerando uma taxa anual do INPC para 2016 em 6,58%%, o salário mínimo terá acumulado perda, no ano, de 0,1%. Desde 2003, o mínimo foi reajuste em 340%, enquanto a inflação do período somou 148,34%, o que significa um ganho real de 77,18%.

 

A valorização do salário mínimo conquistada até aqui trouxe resultados muito positivos para a sociedade brasileira. A elevação real do poder aquisitivo de um contingente expressivo de brasileiros ampliou o mercado consumidor e viabilizou melhorias nas condições de vida das famílias.

 

E uma pergunta que fica é: haverá aumentos reais em 2018 e 2019, caso o PIB brasileiro cresça nesses anos, por causa da chamada PEC do teto? Se o governo ultrapassar o limite de despesas, o salário mínimo não terá reajuste acima da inflação, acabando com uma política conquistada após mobilização das centrais sindicais. Essas são as medidas e intenções do governo Temer, cortar gastos sociais.

 

Um pesquisador da Fundação Getúlio Vargas chegou a fazer simulação e demonstrou que, caso as regras da PEC valessem desde 1998, o salário mínimo atual seria de aproximadamente de R$ 400, menos de metade do valor oficial. Ou seja, o governo atual só quer retrocesso! E isso não aceitaremos!

 

Hashtags: